Dólar fecha acima de R$ 5,50 e Ibovespa recua 1,46%

Num dia marcado pela tensão internacional, o dólar superou a barreira de R$ 5,50 e fechou ontem no maior nível em dois meses. A bolsa de valores caiu, interrompendo a sequência de recordes registrada na semana passada.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 5,504, com alta de R$ 0,087 (+1,61%). A cotação está no maior valor desde 5 de novembro, quando tinha fechado em R$ 5,54.

A divisa operou em alta durante toda a sessão. No início da tarde, o Banco Central (BC) entrou no mercado e leiloou US$ 500 milhões em operações de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. A intervenção conteve a alta da moeda norte-americana apenas por alguns minutos. A cotação continuou a ganhar tração à tarde.

No mercado de ações, a bolsa de valores distanciou-se do otimismo dos últimos dias e caiu, num movimento global de correção de preços. O índice Ibovespa, da B3, fechou a segunda-feira aos 123.255 pontos, com recuo de 1,46%.

A sessão foi marcada pela correção de preços que se valorizaram muito nos últimos dias, como bolsas, moedas de países emergentes e petróleo. Os investidores também acompanham o avanço da pandemia de covid-19 no planeta, com recorde de morte diárias nos Estados Unidos e em diversos países da Europa e a disseminação de variantes mais transmissíveis do novo coronavírus.

Record no Ibovespa

Na última quinta-feira, 7, foi de marcos históricos para a bolsa brasileira. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, não apenas superou os tão esperados 120 mil pontos como atingir os tão esperados 120 mil pontos como atingiu os 122.385 pontos, novo recorde do pregão, resultado de uma alta de 2,76%.

O resultado do dia foi impulsionado pela divulgação da eficácia da primeira vacina produzida no Brasil, a Coronavac, e se somou à disparada das bolsas americanas. A definição do cenário político dos Estados Unidos diminui o risco e a “onda azul” dos democratas à frente de diversas esferas do poder gera expectativa de mais injeção de dólar na economia, o que anima os mercados e tem influência direta no Brasil.