Pesquisadores advertem sobre a Coronavac

Este conteúdo foi escrito pelo estudante Mateus Pereira de 18 anos, residente de Valinhos, São Paulo, Brasil

Após uma virada de ano novo arriscada, repleta de aglomerações, o governo do estado de São Paulo finalmente apresentou a eficácia da vacina do laboratório chinês Sinovac, a Coronavac, na última terça-feira (12/01).

O surto da COVID-19 já atingiu oito milhões de brasileiros, levando ao a mais de duzentas e seis mil vidas perdidas, enquanto o resultado anunciado pelo governo vem preocupando muitas pessoas.

No entanto, a eficácia global, de 50,38%, não destoa tanto das já aplicadas pelo plano nacional de vacinação da Federação, como as vacinas de catapora e coqueluche. O que causa um mal-estar grande na população é, no mais, a briga política entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e Jair Bolsonaro, então presidente, que parecem pouco se importar com a saúde pública. A idolatria seja ela por qualquer posição doutrinária turva a percepção da realidade.  

“De forma simples, a vacina é feita para ensinar o corpo a se defender de um inimigo que nunca viu. Nosso corpo não está preparado para o vírus. Quando o inimigo chegar, você estará mais preparado que se não estivesse sido vacinado” esclareceu o médico hospitalar Marcio Sommer Bittencourt, da USP, que também foi, em outros comentários, crítico da postura do governo.

Numa entrevista dada ao jornal CNN Brasil pelo psiquiatra e pesquisador do Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, José Gallucci Neto comenta sobre os dados divulgados anteriormente pelo Instituto Butantan: “A maneira como a divulgação do resultado foi feita foi ruim, infeliz, criou uma expectativa muito grande e uma atenção muito maior do que precisava para o número da eficácia. Os dados são corretos, a eficácia da vacina é boa, reduz em metade o risco de as pessoas se contaminarem e em 78% a necessidade de precisarem de auxílio médico. Não podemos criar polêmica em torno desse valor ou ficar comparando com outras de RNA que não temos agora, nem vamos ter”. 

Em resumo, uma pessoa possui 50% menos chance de pegar COVID-19 se vacinada. Pode não ser a vacina ideal, ou a melhor vacina, mas a Coronavac é mais barata e é o que se tem para salvar vidas. Não devemos descartar a chance de prevenção.

*Conteúdo revisado e verificado por Lucas Cauã

Fontes: BBC e CNN Brasil

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