IBM desenvolve “língua robótica” para identificar contaminantes em líquidos

Atualmente, para se identificar a composição exata ou a presença de potenciais contaminantes na água – ou em qualquer líquido, na verdade –, é necessário coletar amostras e submetê-las a complexas análises laboratoriais. Esse processo implica em seguir protocolos específicos para a obtenção e transporte do material que será examinado e acesso a locais que realizem as provas, o que nem sempre é uma opção viável, especialmente quando as amostragens vêm de locais remotos ou que oferecem condições extremas, por exemplo. Sem falar no custo…

Língua robótica

Pois a IBM está trabalhando no desenvolvimento de um dispositivo que pode ser de grande serventia nessas e outras situações. Batizado de Hypertaste, se trata de uma espécie de “língua robótica” portátil capaz de conduzir análises químicas detalhadas para identificação de compostos e elementos em líquidos e apresentar os resultados em um aplicativo de celular em minutos. Para isso, o dispositivo é equipado com uma variedade de sensores eletroquímicos organizados em pares e programados para detectar combinações de moléculas nas amostras.

Atualmente, para se identificar a composição exata ou a presença de potenciais contaminantes na água – ou em qualquer líquido, na verdade –, é necessário coletar amostras e submetê-las a complexas análises laboratoriais. Esse processo implica em seguir protocolos específicos para a obtenção e transporte do material que será examinado e acesso a locais que realizem as provas, o que nem sempre é uma opção viável, especialmente quando as amostragens vêm de locais remotos ou que oferecem condições extremas, por exemplo. Sem falar no custo…

Mais precisamente, os eletrodos que compõem os pares de sensores são programados para responder de forma específica à presença de diferentes elementos, mas trabalham de forma simultânea, designando um sinal elétrico com uma voltagem própria para cada elemento identificado na amostra. Esse levantamento é, então, transmitido a um servidor na nuvem onde uma rede neural compara as informações enviadas com as de uma base de dados criada a partir de outros líquidos e análises anteriores.

Todo o processo leva cerca de 1 minuto e os resultados – que, segundo a IBM, já atingem por volta de 90% de precisão nos testes com o protótipo – são apresentados diretamente no celular de quem está realizando as análises. A “língua robótica” ainda está sendo aprimorada, mas, uma vez todos os ajustes sejam realizados, ademais de permitir a realização rápida de análises químicas em locais remotos e situações extremas, conforme mencionamos no início da matéria, ela poderá ter muitas outras utilidades.

(Fonte: IBM Research/Reprodução)

O Hypertaste poderá ser usado, por exemplo, para fins ambientais, pela indústria alimentícia e de bebidas, para garantir a qualidade dos produtos, por agências governamentais para identificação de substâncias ilegais, pela indústria farmacêutica e por profissionais da área da saúde. Só basta esperar que a IBM alimente e expanda a base de dados com mais informações e que a rede neural “aprenda” como conduzir os exames de forma cada vez mais eficiente.

Fontes: Engadget / Andrew Tarantola Techspot / Cohen Coberly Slash Gear / Brittany A. Roston IBM Research / Patrick Ruch